Fuga da Natureza

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O nosso trabalho é sobre a obra “Fuga da Natureza” de Jason Bruges Studios, é uma instalação interactiva projectada no Ormon Street Hospital em Inlgaterra. Esta instalação é composta por 70 painéis de LED.

O sistema de LED é um sistema de iluminação que usa lâmpadas incandescentes com um modelo de filamentos metálicos e libertação de gases para a produção de luz. São utilizados frequentemente em produtos electrónicos que estão muito presentes na nossa vida quotidiana desde faróis de carros, semáforos ou até televisões. Este é um sistema mais comum e económico que os antigos modelos de iluminação como por exemplo as lâmpadas de halogéneo.

Através de 72000 LED’s esta instalação tenta simular um ambiente parecido a uma floresta digital com cenas de diversos animais entre os quais cavalos, veados, pássaros e rãs. Os painéis foram colocados na superfície da parede em diversas alturas de forma a poder ser comodamente visível à altura dos diversos doentes que se deslocam nos corredores do hospital. Podemos observar que a obra utiliza várias cores desde verdes a laranjas, isto de forma também a ser mais apelativo ao público infantil, provocando-lhes uma reacção mais espontânea.
Esta espantosa instalação no Ormon Street Hospital, chamada de Fuga da Natureza, nasce com um propósito mais que nobre, e bem-sucedido.
A “Fuga da Natureza” consegue trabalhar o estado psicológico dos pacientes, neste caso das crianças, promovendo que estas por breves momentos possam esquecer a sua realidade, que no momento se assume como nada positiva, e mergulhar num mundo onde os seus problemas parecem tornar-se menores quando deparados com a inovação da tecnologia.

Neste projecto é também criado um conceito curioso, na medida em que com o evoluir dos tempos parece ter nascido um antagonismo entre a natureza e a tecnologia, e nesta obra existe uma conciliação da mesma, não desvalorizando a beleza e autenticidade que a natureza nos oferece presencialmente, para uma criança internada, esta realidade virtual poderá ser dos únicos momentos de escape de uma realidade tão dura.

Desde sempre a arte é conhecida como um dos meios para fazer o ser humano se conseguir abstrair de uma realidade e imergir noutra, e posto isto a nossa crítica é mais do que positiva porque conciliar um obra de arte, que deixa de viver apenas pela sua materialidade, ou plasticidade, para servir uma comunidade infantil de um hospital.
O seu sucesso foi confirmado pelos pacientes do Ormon Street Hospital.

Esta ligação estabelecida entre arte e tecnologia, achamos ser um exemplo do caminho que os multimédia e as artes visuais começam a percorrer em conjunto, e as infinitas possibilidades que a tecnologia nos oferece.
Acreditamos que sem estes LED’s aplicados à arte, seria impraticável criar uma obra de arte adaptável a um hospital, onde é necessário existir mobilidade permanente e facilitada devido às condições de trabalho com que os profissionais da área da saúde trabalham diariamente.

Finalizando esta crítica positiva a uma instalação que a nossa ver foi mais do que bem conseguida, acreditamos que este projecto possui todas as características para ser replicado noutras situações: beleza estética, ocupação de pouco, ou nenhum espaço (paredes), possibilidade de interacção, não condicionamento do espaço e mobilidade e por fim, um propósito que serve uma conjunto de pessoas.

Trabalho por: Gonçalo Magano (7720) e Bruno Nunes (7939)

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